28.07.07
PLANO DE SAÚDE PARA ANIMAIS?
"Digamos que você tem um pet e, pra sua infelicidade, o mesmo veio a adoecer gravemente. Após levá-lo ao veterinário, surge mais uma preocupação: o custo do tratamento. Mas tudo bem, como o bicho é considerado da família, desembolsa-se o que for preciso pra salvá-lo. No entanto, nessas horas, sempre ocorre aquela comparação em relação aos humanos: e se o seu pet tivesse também um plano de saúde? Se você for desses felizardos que pode pagar um bom plano, sabe como funciona. Em uma emergência, não é preciso botar a mão no bolso, uma vez que o seu plano cobre tudo. Bem, quase tudo, é verdade. Enfim, na maioria das vezes, não é preciso fazer um cheque de valor assustador pra ser atendido por um médico. E o mesmo, em relação aos pets? Seria interessante também?
A meu ver, sim. Se faz sentido pra nós, porque não para os bichos? Afinal, ninguém pode prever o gasto que aquela bola de pêlos pode representar ao fim de um ano. Infelizmente, criaturas adoráveis também ficam doentes, sem avisar. E, muitas vezes, tão doentes quanto um carro complicado que precisa de idas constantes ao mecânico pra continuar andando. No entanto, ao contrário do carro, que pode ser vendido a qualquer momento, um animal de estimação, teoricamente, é comprometimento puro. Não tem como descartar. Sim, existem aqueles donos que, ao menor sinal de trabalho e gasto que o bicho dá, não se constrange de dar um "jeitinho" no mesmo, sem remorso algum. Felizmente, a maioria ainda procura fazer de tudo, mesmo, pra garantir a saúde de seus pets. Nesse contexto, caso exista um plano de saúde que possibilite minimizar esse trauma do bolso, porque não?
É fácil dizer que, se a pessoa não tem condições financeiras de custear o tratamento de seu bicho, que não o tivesse adotado, ora essa. Que soubesse que aquele filhote saudável poderia um dia adoecer, ora essa. Não é bem assim. Sabemos que, realmente, certas doenças surgem realmente de surpresa, superando toda e qualquer expectativa de gasto referente ao tratamento necessário. Aí, temos um dono desesperado, em vias de se endividar, querendo fazer de tudo pra salvar o seu pet. E, infelizmente, o coitado do veterinário não pode funcionar como um SUS ambulante, obrigado a trabalhar de graça pra toda e qualquer situação desse porte, abrindo mão de honorários, custeando todos os procedimentos necessários, por mais que o mesmo ame animais. Um plano de saúde, que funcione mesmo, talvez seja o meio termo que alivie o impacto dessa situação, tanto pro dono, quanto para o veterinário.
Uma rápida busca pela internet nos possibilita conhecer alguns desses planos. Superficialmente, é claro. Mas se a maioria realmente cumpre aquilo que é proposto, parece promissora a idéia. Infelizmente, alguns valores assustam, como é de praxe nos planos para humanos também. No fim, fica aquela velha equação, composta entre o valor sentimental representado pelo animal e o tanto de dinheiro disponível para o custeio disso. Com ou sem plano de saúde."
Fonte: http://www.interney.net/blogs/05/08/2011 - 08h00 - UOL
SÃO PAULO – Contratar um plano de saúde para proteger o animal de estimação requer cuidado redobrado, segundo alerta da Proteste –Associação de Consumidores.
De acordo com a entidade, a atenção se faz necessária pelo fato de haver algumas cláusulas abusivas nos contratos de alguns planos. Um exemplo destas cláusulas é a que não permite rescisão de contrato em caso de morte ou desaparecimento do animal.
Outra, diz a Associação, é a que exige pagamento da totalidade do contrato, em caso de rescisão antecipada.
Negativa de cobertura
Assim como ocorre nos planos de saúde que tratam de humanos, a negativa de cobertura também pode ocorrer nos planos destinados aos bichos. Conforme verificado pela Proteste, quem contrata uma apólice de saúde deste tipo deve aumentar os cuidados com a alimentação do bichinho, pois alimentar o pet com comidas inapropriada para animais, por exemplo, é considerado uma agravação de risco, que pode resultar no não atendimento do animal.
“Ao dar comida humana para o bichinho, você aumenta a intensidade ou a probabilidade de ele adoecer. Assim, se o seu bicho de estimação passar mal porque você permitiu que ele comesse um pedaço de queijo, por exemplo, os veterinários poderão constatar o quadro através de exames clínicos especializados. E aí, o plano de saúde pode se negar a arcar com os custos dos procedimentos”, explica a Associação.
A entidade alerta ainda para a questão da carência, que pode variar de 30 dias para quase um ano, e pede atenção à cláusula que se refere à inclusão de filhotes. “Se você possui uma fêmea prenhe já beneficiária do plano, é exigido que os filhotes sejam inscritos em até 30 dias após o nascimento, para que sejam beneficiários sem cobrança de carência”.
Planos pets
Os planos de saúde para pets são regulamentados pelo CFMV (Conselho Federal de Medicina Veterinária) desde 1998, por meio da resolução 647. Entretanto, conforme explica a Proteste, o órgão não delimitou qualquer rol mínimo de procedimentos, como ocorre com os planos de saúde para humanos.
Assim, cada clínica pode oferecer uma gama diferente de coberturas, que pode variar desde os planos mais básicos, que cobrem apenas os procedimentos de consultas e vacina antirrábica, aos planos top, que oferecem unidade móvel, banco de sangue, transfusões, acupuntura, fisioterapia, entre outros.
No que diz respeito a preços, a Proteste encontrou planos de R$ 29,10 a R$ 228 a mensalidade, o que varia conforme raça, peso e espécie do animal. No geral, os planos aceitam apenas cães e gatos como beneficiários.
Vale a pena?
Para saber se vale a pena contratar um plano de saúde para o seu bichinho, a associação dá a seguinte dica: primeiramente, liste todos os tipos e quantidades de processos médicos veterinários que seu animal usa por ano. Depois, some o valor cobrado por cada procedimento. O resultado será o custo anual veterinário. Sabendo desse valor, compare e avalie se o plano terá uma boa relação custo-benefício.
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