sábado, 30 de julho de 2011

Medicamentos Tóxicos para seu pet!


Edição da revista virtual Conexão Pet



Por Veterinária: Drª Tatiana Bérenger
Cuidado: Alguns Remédios podem matar seu pet.
Confira a lista com medicamentos perigosos para cães e gatos.
Os Brasileiros têm uma relação íntima com medicamentos. Sentem-se em casa na farmácia e costumam acreditar piamente nas informações de atendentes das drogarias, que muitas vezes nem farmacêuticos são.
Este perigoso hábito, estende-se aos animais de estimação. Acreditando que um remedinho não vai fazer mal, muitos donos prejudicam drasticamente o quadro de saúde de seus pets, ao darem substâncias que são extremamente danosas à sua saúde.
Nunca medique seu animal por conta própria! Se o seu pet apresentar algum sinal de mal-estar, procure imediatamente o médico veterinário. Algumas substãncias que são inofencivas a seres humanos, podem levar um animal a óbito. Confira a relação de medicamentos que não devem ser ministrados, e aqueles que devem ser aplicados com cautela:

1) Paracetamol ( Tylenol®, Parador® e Acetofen®) 
É contra-indicado para gatos e deve ser usado com cautela em cães, ou seja, sob supervisão do médico veterinário.
Quadro: salivação, cianose (mucosas de coloração azulada), falta de ar e vômitos, edema de face e patas, lacrimejamento e prurido, anorexia(deixa de comer) e depressão, icterícia(mucosas de coloração amarelada) devido as alterações hepáticas (fígado)podendo chegar a coma e morte.

2) Acido acetilsalicílico (Aspirina® AAS® Doril® Melhoral®) 
É contra-indicado para gatos e deve ser usado com cautela em cães, ou seja, sob supervisão do médico veterinário
Quadro: anorexia, letargia, dor abdominal, vômitos, hematemese(vomito com sangue), diarréia, melena(fezes com sangue),  Insuficiência renal. Úlceras e/ou perfurações gastro-intestinais.

3) Diclofenaco ( Cataflan® e o Voltaren®) 
É contra indicado par CÃES E GATOS!
Quadro: Problemas gastrintestinais, como úlceras hemorrágicas no estômago e duodeno,  vômitos e diarréia com sangue.Depressão, letargia, Insuficiência renal aguda, podendo levar a morte.

4) Ivermectina (Mectimax®, ivomec®)
É contra indicado parta cães das raças: raças Collie,Olde English Sheepdog,Australian Sheepherd e nos cruzamentos destas raças. E devem ser usados com cautela, sob supervisão do médico veterinário nas raças: Galgo Afegão, Saluki, Whippet, Greyhound e Samoyeda. também é contra-indicado para gatos.
É um parasiticida interno e externo (para controle de pulgas, carrapatos, sarnas, vermes intestinais…), usado frequentemente na clinica de pequenos animais. Não há problema na administração para cães, exceto as raças de cães descritas a cima. Para estas este medicamento é extremamente tóxico.
Quadro: ataxia, incoordenação, convulsões, hipersalivação, sonolência, depressão, alteração comportamental, vômito , diarréia, anorexia (deixar de comer).

DICA:


EMERGÊNCIA VETERINÁRIA!!!

Seu pet descobriu onde você guarda os medicamentos e ingeririu. Quais os primeiros cuidados a tomar??

Se a ingestão acabou de ocorrer, dê agua oxigenada por via oral para estimular o vômito. Após os vômitos administre carvão ativado vegetal, também por via oral. E leve-o imediatamente ao veterinário!!

Se você quiser maiores informações consulte a fonte linkada abaixo.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

"PORQUÊ NÃO VÃO CUIDAR DE CRIANÇAS?"

É uma pergunta que sempre aparece, mas Francisco José Papi a respondeu muito bem. 


PORQUÊ NÃO VÃO CUIDAR DE CRIANÇAS?



Questão interessante. Vamos ver se essa eu consigo responder de modo  didático.
1) Quem faz esta pergunta admite que existem dois tipos de pessoas no mundo: As Pessoas Que Ajudam e as Pessoas Que Não Ajudam.

Além disso, admite também que faz parte das Pessoas Que Não Ajudam, afinal, do contrário,  diria  "Por que não me ajudam a defender as crianças com fome?", ou "Venham defender comigo as crianças com fome!", ou "Não, obrigada, vou defender as crianças com fome".

Então ela se coloca claramente através de sua escolha de palavras como uma Pessoa Que Não Ajuda.

É curioso a Pessoa Que Não Ajuda, não faz nenhum esforço para ajudar, mas, sim, para tentar dirigir as ações das Pessoas Que Ajudam. É bastante interessante. Se eu fosse até sua casa organizar sua vida financeira sob a alegação de que eu sei muito mais sobre administração familiar eu estaria interferindo, mas ela se sente no direito de interferir nas ações que uma pessoa resolve tomar para aliviar os problemas que ela encontra ao seu redor.

É uma Pessoa Que Não Ajuda, mas ainda assim quer decidir quem merece ajuda das pessoas Que Ajudam e o nome disso é "prepotência".

2) Pessoas Que Ajudam nunca vão ajudar as "crianças com fome". Nem tampouco os "velhos", os "doentes" ou os "despossuídos". E sabe por que?

Porque "crianças com fome" ou "velhos" ou qualquer outro destes é abstrato demais. Não têm face, não são ninguém. São figuras de retóricas de quem gosta de comentar sobre o estado do mundo atual enquanto beberica seu uisquezinho no conforto de sua casa.

Pessoas Que Ajudam agem em cima do que existe, do que elas podem ver, do que lhes chama atenção naquele momento. Elas não ajudam "os velhos", elas ajudam "os velhos do asilo X com 50,00 reais por mês".

Elas não ajudam "as crianças com fome", elas ajudam "as crianças do orfanato Y com a conta do supermercado".

Elas não ajudam "os doentes", elas ajudam o "Instituto da Doença Z com uma tarde por semana contando histórias aos pacientes".

Pessoas Que Ajudam não ficam esperando esses seres vagos e difusos como as "crianças com fome" baterem na porta da sua casa e perguntar se elas podem lhe ajudar.

Pessoas Que Ajudam vão atrás de questões muito mais pontuais.

Pessoas Que Ajudam cobram das autoridades punição contra quem maltrata uma cadela indefesa sem motivo.

Pessoas Que Ajudam dão auxílio a um pai de família que perdeu o emprego e não tem como sustentar seus filhos por um tempo.

Pessoas Que Ajudam tiram satisfação de quem persegue uma velhinha no meio da rua.

Pessoas Que Ajudam dão aulas de graça para crianças de um bairro pobre.

Pessoas Que Ajudam levantam fundos para que alguém com uma doença rara possa ir se tratar no exterior.

Pessoas Que Ajudam não fogem da raia quando vêem QUALQUER COISA onde elas possam ser úteis. Quem se preocupa com algo tão difuso e sem cara como as "crianças com fome" são as Pessoas Que Não Ajudam.

3) Pessoas Que Ajudam são incrivelmente multitarefa, ao contrário da preocupação que as Pessoas Que Não Ajudam manifestam a seu respeito. (Preocupação até justificada porque, afinal, quem nunca faz nada realmente deve achar que é muito difícil fazer alguma coisa, quanto mais várias).

O fato de uma pessoa Que Ajuda se preocupar com a punição de quem burlou a lei e torturou inutilmente um animal não significa que ela forçosamente comeu o cérebro de criancinhas no café da manhã. Não existe uma disputa de facções entre Pessoas Que Ajudam, tipo "humanos versus animais".

Geralmente as Pessoas Que Ajudam, até por estarem em menor número, ajudam várias causas ao mesmo tempo. Elas vão onde precisam estar, portanto muitas das Pessoas Que Ajudam que acham importante fazer valer a lei no caso de maus-tratos a um animal são pessoas que ao mesmo tempo doam sangue, fazem trabalho voluntário, levantam fundos, são gentis com os menos privilegiados e batalham por condições melhores de  vida para aqueles que não conseguem fazê-lo sozinhos.

Talvez você não saiba porque, afinal, as Pessoas Que Ajudam não saem alardeando por aí quando precisam de assinaturas para dobrar a pena para quem comete atrocidades contra animais, que estão fazendo todas estas outras coisas, quase que diariamente. E acho que é por isso que você pensa que se elas estão lutando por uma causa que você "não curte", elas não estão fazendo outras pequenas ou grandes ações para os diversos outros problemas que elas vêem no mundo. Elas estão, sim. E se fazem ouvir como podem, porque sempre tem uma Pessoa Que Não Ajuda no meio para dar pitaco.

Então, como dizia meu avô, "muito ajuda quem não atrapalha". Porque a gente já tem muito trabalho ajudando pessoas e animais que precisam (algumas até poderiam ser chamadas tecnicamente de "crianças com fome", se assim preferem os que não ajudam).

(este texto pode e deve ser reproduzido) Escrito em 13.04.2005

Halem Guerra do Ecosul complementa:

Esta pergunta é típica de quem não faz nada por ninguém nem por causa alguma.
Como dizia o Barão de Itararé,
“De onde menos se espera é que não sai nada mesmo!”



Você REALMENTE sabe o que é estar sozinho?

Mais sobre:
Trecho do programa Encontro Marcado, de Luiz Gasparetto.
http://www.youtube.com/watch?v=HcbLW35LS8g


Fonte: http://lilian.rockenbach.zip.net/
Fonte:http://www.comunidadebancodoplaneta.com.br/profiles/blogs/porque-nao-vao-ajudar-criancas




CASOS DA DITA "HUMANIDADE": Cuidarei de crianças, mas alguém cuidará desses casos? Ou será vida por vida? Não se pode salvar ambos? Cada um tem seu papel nesse mundo, você já escutou um chamado de ajuda? Se o atendeu deve estar fazendo diferença.


Relato de caso:

"Neste dia vi a mão de Deus se mover a favor desta inocente vida. 
Minha casa fica em frente à um terreno da petrobrás e nele até algum tempo atrás viviam alguns cães, ficavam também dois cavalos do Sr. Joaquim.

Certa manhã saindo de casa meu carro não pegou de jeito nenhum, desisti então de sair e aproveitei pra ir colocar ração para os cães, percebi logo depois que um dos cavalos estava mexendo em um saco preto de lixo que estava jogado no terreno, fiquei observando, foi quando o cavalo se afastou e o saco continuou mexendo, corri pensando ser uma criança que estava ali.
Se comparada a capacidade de se defender daquela situação era mesmo como uma criança. Totalmente indefesa, uma cachorrinha linda, dócil, meiga e apavorada. Isso mesmo ela estava amarrada dentro de um saco de lixo, envolvida em um pano todo sujo de fezes humanas, já estava quase desfalecida pela falta de ar.
Fui até minha casa ver se o carro pegava e, pra minha surpresa, ele ligou na primeira tentativa. Aí me dei conta de que o fato do meu carro não pegar de manhã tinha um propósito maior: salvar a vida da Princesa.
Não demorou muito ela foi adotada por uma família maravilhosa, hoje vive cercada de mimos e muito amor. Ah, já ia me esquecendo do mérito do cavalo do Sr. Joaquim, ele também foi uma ferramenta importantissíma neste resgate."

Por: Patricia Matos

Quantas outras Princesas e Príncipes não tiveram a sorte de serem salvos? Até quando a crueldade de um dito "membro da sociedade" vai passar impune dessa forma? Porquê não temos uma legislação mais específica e rigorosa para maus tratos à animais?
Se alguém assim foi capaz de tentar matar um animal indefeso dessa forma, o que ele não faria com uma criança ou um idoso?


Por isso digo: É isso aí! E viva o Brasil!

Cuidados contra a Leishmaniose na infestação em animais de estimação.


Este artigo achei no site da Anjos de Bigode, do Dr. Paulo Tabanezcoloquei do jeitinho que estava lá, o artigo é muito bom e precisa ser divulgado para difundir informação sobre esse assunto reduzindo a frustração e sofrimento de tutores e animais.

MARÇO 13, 2011
Verdades e mentiras sobre a leishmaniose canina
http://www.geraldoveterinario.com.br/noticias/noticias_ler.php?id=29
A leishmaniose criou e ainda cria um enorme pavor em pessoas mal informadas, por isso, acredito que a informação verdadeira é a maior arma contra a doença e a favor dos milhares de animais que são sacrificados cotidianamente nos Centros de Controle de Zoonoses no Brasil.

A intenção deste artigo é proporcionar ao leitor essa informação verdadeira. Além da análise de textos acadêmicos, documentos jurídicos, textos em veículos de mídias diversas; também foi realizada uma entrevista com o veterinário Dr. Paulo Tabanez*, para esclarecimento de dúvidas.

A leishmaniose tem vários mitos, o maior deles é colocar os cães infectados como os grandes ou, muitas vezes, os únicos responsáveis pela disseminação da doença.

Todavia, o maior problema da doença são as questões socioeconômicas mal resolvidas, desafios diários que o Brasil precisa vencer. Se não houver saneamento básico e alimentação adequada para todos os brasileiros, a leishmaniose ainda terá campo de atuação, e não é justo os animais pagarem o preço.

Controlar a leishmaniose implica em acabar com a pobreza do país. Dar qualidade de vida para a população, com alimentação de qualidade para todos os brasileiros, acabando com a desnutrição; consequentemente, ninguém será um alvo fácil para a doença.

O absurdo maior é a proibição de tratamento para os animais! Entretanto, por meio da via jurídica já é possível conseguir este feito, pois várias ONGs de proteção animal têm conseguido o direito de tratar os animais por meio de ações na justiça, portanto, o tratamento não é crime, e sim direito do cidadão!

O tratamento para leishmaniose, tanto humana quanto canina, apresenta algumas similaridades. Segundo entrevista com o Veterinário Dr. Paulo Tabanez, as similaridades são as seguintes:

• Cura clínica (o humano ou o cão não apresentam sinais da doença).

• Cura epidemiológica (o humano ou o cão não são mais transmissores da doença, porém o cão é mais suscetível e, portanto, pode ter muitas recaídas).

• Não apresenta cura parasitológica (o parasita ficará para sempre tanto no organismo do homem quanto no do cão).

Introdução

A leishmaniose é uma doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo.

Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como “ferida brava”; não exige o sacrifício de animais infectados pela doença. A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade, se torna menos frequente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.

Transmissão

A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. Seus nomes variam de acordo com a localidade; os mais comuns são: mosquito-palha, tatuquira, birigui, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha. O mosquito-palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas.

É o inseto que transmite a doença de um animal para outro. É uma doença que afeta principalmente cães, mas também animais silvestres, gambá ou saruê, e urbanos como ratos, gatos e humanos (principalmente crianças com desnutrição, idosos imunossuprimidos e, atualmente, pessoas com AIDS).

Não se pega leishmaniose de cães e outros animais, apenas pela picada do inseto que estiver infectado.

O cão é apenas mais um hospedeiro da leishmaniose visceral. É também o mais estudado e injustiçado, já que mesmo que todos os cães do mundo deixassem de existir, a leishmaniose visceral continuaria a crescer, como inclusive ocorre nas cidades onde há matança indiscriminada de cães como “forma de combate à doença”.

Sintomas

Os sintomas são variáveis. O cão pode apresentar emagrecimento, perda de pelos, gânglios inchados, fraqueza, feridas, crescimento exagerado das unhas, lesão de pele ulcerada, blefarite e anemia. Também há sintomas nos órgãos internos, como crescimento do fígado e outras alterações. Entretanto, esses sintomas são comuns em outras doenças bem menos graves; assim, se seu cão apresentar esses sintomas não quer dizer que o mesmo está com leishmaniose. O diagnóstico preciso só pode ser feito por um médico veterinário, que combinará exames de sangue com exames clínicos. O teste sorológico feito pelo governo como forma de triagem não deve ser encarado como diagnóstico e, portanto, não justifica a eutanásia dos animais. O diagnóstico é complexo e necessita de maior investigação.

Prevenção

O verdadeiro transmissor da doença – o mosquito-palha – gosta de lugares com matéria orgânica, então sempre mantenha quintal e canis limpos e telados. Esse inseto é de hábito noturno, portanto coloque seus cães para dormir em lugares telados e use coleiras e/ou líquidos repelentes para ajudar na proteção.

O efeito da coleira é repelente, justamente para evitar a picada do inseto; a coleira é uma importante arma contra a doença.

Além disso, existe vacina para leishmaniose. Ela previne que 80 a 95% dos cães se infectem com leishmania pela picada do inseto.

Na verdade, a vacina contra a leishmaniose pode apresentar um efeito bloqueador de transmissão, capaz de interromper o ciclo epidemiológico, isto é, torna o animal não transmissor da doença.

A vacina tem cobertura  de mais de 90% – afirmam os especialistas – e não é possível confundir infectados com vacinados. Mas pela produção ainda reduzida, os preços são inviáveis para boa parte dos tutores de cães.

A vacina já está disponível em vários lugares do país. Hoje se tem no mercado a Leishmune, da Fort Dodge, que é aquela que vários veterinários não preconizam porque dizem que não diferenciarão os infectados dos vacinados (mentira ou desinformação), e a Leishtec, da Hertape Calier, que a propaganda é justamente alicerçada em não reações vacinais e cruzada em sorologias.

Existe uma boa parcela da classe veterinária que ainda não conhece o tratamento e a prevenção da leishmaniose, entretanto, a falta de conhecimento deles não pode impedir o público de tratar de seus cães. Procure veterinários especializados em infectologia.

No entanto, o que é preciso ter-se claro é que tanto os humanos como os animais infectados, mesmo tratados, serão portadores do parasita o restante de suas vidas e deverão ser mantidos sob rígido controle. Os cães deverão ter contínuo acompanhamento de médico veterinário, com a realização de exames laboratoriais periódicos, para verificar se o animal realmente mantém-se não infectante e saudável.

Cenário no Brasil

Tratamento

O tratamento não é forma de controle e é uma das alternativas menos preconizadas para tal. Controle é feito com coleira para prevenir o inseto, repelentes no animal e no ambiente, limpeza do ambiente para evitar material orgânico, evitar passeios nos horários de crepúsculo, telar os canis, vacinação. Tratamento é uma forma de controle individual, mesmo porque ocorrem recidivas mais frequentes no cão. Eutanásia é a última forma de controle e, de fato, a menos eficiente.  Prova disso é que a política brasileira de prevenção da doença, por meio da eutanásia de milhares de cães, não proporcionou nos últimos 50 anos nenhuma mudança no controle da doença.

Entretanto, se já houver um animal infectado em sua casa, não entre em desespero! O tratamento, a vacinação e a utilização de repelentes em cão infectado com leishmaniose não o tornam um risco para sua família ou vizinhos; como já foi dito, pode levar à cura clínica (sem sintomas da doença) e à cura epidemiológica (não transmissor da doença).

Infelizmente, no Brasil ainda temos que conviver cotidianamente com a supremacia da raça humana às outras espécies. Em 2008 foi oficializada uma portaria do Ministério da Saúde e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento dizendo que não é crime tratar um cão contaminado por leishmaniose, o que é crime é usar remédios humanos para o tratamento. O deprimente sobre essa portaria é que esse Ministério está farto de saber que não existem, no Brasil, remédios veterinários para o tratamento da doença. Portanto, a recomendação (ordem) do Ministério da Saúde é sacrificar todos os animais contaminados.

Esse posicionamento, junto com as ações de agentes de saúde, em regiões endêmicas, vem gerando grande abandono de cães, e algumas pessoas até mesmo levam seus animais para outras cidades, para salvá-los ou mesmo para deixá-los entregues à própria sorte, o que pode disseminar ainda mais a doença.

Para realizar a eutanásia em milhares de cães, o governo utiliza argumentos sem estudos comprobatórios, dizendo que um cão infectado por leishmaniose é um perigo para a sociedade. Vamos aos fatos reais:

• O Brasil é o único país do mundo que indica ou preconiza a eutanásia, pois em outros lugares do mundo onde existe a incidência de leishmaniose as pessoas podem, ou não, eutanasiar seus animais;

• O tratamento da leishmaniose existe tanto para pessoas como para animais, entretanto, é mais fácil exterminar um animal do que tratá-lo, isso segundo a concepção dominante, que acredita que a única espécie importante é a raça humana;

• A Organização Mundial da Saúde, apesar de apoiar a insanidade cometida pelo Brasil, também recomenda tratamento para alguns casos e também já se manifestou publicamente que o sacrifício de animais doentes não é a melhor saída para o controle de zoonoses – como é o caso da Raiva, na Indonésia -; então possui um posicionamento totalmente contraditório;

• Existem estudos já comprovados que mostram que um animal infectado em tratamento pode se tornar não transmissor da doença para o inseto (cura epidemiológica);

• Existem resultados errados, chamados de falso positivo e falso negativo (ou seja, o cão saudável pode ser morto ou tratado indevidamente e o cão doente pode ficar sem tratamento). Esses exames não diferenciam a leishmaniose tegumentar da visceral (e no Brasil não é indicado a eutanásia de cães com leishmaniose tegumentar).

Os exames podem dar positivo caso o cão tenha outras doenças, como erlichiose, babesiose etc. Os melhores exames, no momento, para o diagnóstico da leishmaniose visceral em cães são a citologia de medula óssea e/ou linfonodos (chamada de “PAAF”) e a PCR de medula óssea. O exame de imunohistoquímica de pele é eficiente para acompanhar se há parasitas na pele. Ele pode ser aplicado a qualquer tecido, linfonodo, medula, fígado, baço, pele, entre outros, para aumentar a sensibilidade do teste principalmente naqueles assintomáticos ou com parasitemia baixa. O diagnóstico da leishmaniose é complexo e necessita de prova e contraprova.

• Os gastos empregados na realização da captura, exames e eutanásia poderiam ser direcionados para a formação de uma equipe capacitada para o combate ao mosquito, com campanhas direcionadas à população, como é feito com o mosquito da dengue. E lembrando mais uma vez: não é apenas o cão que pode ser infectado pela leishmania, o homem e os ratos no meio urbano também são. É mais racional e inteligente combater o mosquito ou exterminar todos os cães, os ratos e os humanos infectados pela doença como forma de controle?


• Outro fato de extrema importância foi uma Ação Civil Pública impetrada por uma organização protetora de animais em Mato Grosso do Sul, em que a mesma conseguiu autorização para o tratamento de cães com leishmaniose, portanto, já existe jurisprudência no Brasil permitindo o tratamento. O Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul também recomendou aos Ministérios que revoguem a portaria que não permite o tratamento, com medicação humana, de cães infectados; portanto, TRATAR CACHORRO COM LEISHMANIOSE NÃO É CRIME!

• Outro fato jurídico: muitos doutrinadores da área do direito defendem a tese que os médicos veterinários particulares sequer seriam obrigados a cumprir a determinação da portaria interministerial, porque este instrumento deve ser cumprido somente por servidores subordinados ao órgão que o expediu.

CCZ na sua casa

Você não é obrigado, de forma alguma, a entregar seu animal aos fiscais da saúde pública. Seu cão é sua responsabilidade. Nem mesmo um delegado de polícia pode ir a sua casa e exigir que você entregue seu animal. Para sua informação, um delegado ou um policial só podem entrar na sua casa com um mandado judicial ou com sua autorização. Se alguém (delegado ou fiscal da Saúde) te constranger, não deixe de anotar o nome da pessoa para formular uma ocorrência policial por abuso de autoridade e/ou constrangimento ilegal.

Cenário exterior

Na Europa, principalmente nos países do mediterrâneo, a incidência de leishmaniose é alta, entretanto, nos países europeus eles lidam com a doença de forma completamente oposta do Brasil. Eles não negam tratamento para nenhum animal infectado; inclusive lá existe até ração específica para cães com leishmaniose.

A grande diferença entre Europa e Brasil, ponto analisado em conversa com o Dr. Tabanez, é a pobreza e a desigualdade social brasileira, pois na Europa não existem grandes problemas alimentares ou de desnutrição, portanto quase não existem pessoas infectadas ou em risco de infecção.

Conclusões

Muitos avanços ocorreram na habilidade de diagnóstico da doença, entretanto, é necessário combater de forma mais efetiva o vetor (flebótomo ou mosquito-palha) e, sobretudo, trabalhar pela prevenção, incluindo-se aí o uso da coleira repelente do flebótomo, bem como a vacinação em massa dos animais (como há anos acontece com a raiva, outra zoonose gravíssima). Também antigos problemas brasileiros como desnutrição e falta de saneamento básico precisam estar no topo das prioridades governamentais.

O certo é que as autoridades sanitárias dos municípios, dos estados e do governo federal precisam agir e investir maciçamente no esclarecimento, educação e conscientização da população, dos tutores de animais e, inclusive, dos médicos humanos e veterinários, visando à prevenção da disseminação da doença.  Há a necessidade de ampliar os estudos para realmente comprovar que animais tratados e mantidos sob controle não representam risco para a população humana; também é necessário  extinguir, definitivamente, métodos primitivos e desumanos de combate à doença, como o extermínio em massa de cães.

(*Dr. Paulo Tabanez – Médico Veterinário, Especialista em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais, Mestre em Imunologia pela Universidade de Brasília e Diretor da Clínica Veterinária Prontovet – Brasília/DF. E-mail – pctabanez@uol.com.br)


Fonte: http://anjosdebigode.wordpress.com/2011/03/page/7/



Não é uma doença fácil e nem barata de ser tratada, na maioria dos casos o município impõe o sacrifício do animal mesmo sob tratamento.
Reconheça o Flebótomo, o mosquito transmissor da Leishmania, o protozoário causador da doença:
Mosquito Flebótomo

A Leishmaniose é transmitida de cão para cão através da picada de um inseto, o flebótomo, conhecido como mosquito palha, birigui ou tatuquiras.


O Flebótomo são pequenos insetos de 1 a 3 mm de comprimento, com hábito crepuscular e noturno, de coloração clara e facilmente reconhecidos pelo seu comportamento de voar em pequenos saltos e pousar com as asas entreabertas. Esses insetos podem ser encontrados ao redor das residências em locais sombreados e com matéria orgânica (galinheiro, chiqueiro, canil, lixeiras, etc.) e também em seu interior. 

As fêmeas desses insetos precisam ingerir sangue para o desenvolvimento dos ovos e, dessa forma, picam tanto o cão quanto o homem, principalmente durante a estação chuvosa quando invadem as residências. Ao picar o cão ou o homem, o flebótomo pode transmitir o protozoário chamado Leishmania chagasi, responsável, no Brasil, pela Leishmaniose visceral. Uma vez infectado o cão torna-se reservatório da doença, e pode ser fonte de infecção para outros animais ou mesmo para seres humanos que vivem ao seu redor.


O jeito é prevenir, para isso temos que entender o que é a doença e onde ela ocorre no país.




Sintomas manifestados:





































Vetor de Transmissão.




Prevenção:






Proteja seu animal e seu família!:





Existem coleiras contra o mosquito:

Vacine seu animal de estimação:


Brasil cria primeira vacina contra leishmaniose canina
Por Roberta Jansen
Rio de Janeiro (O Globo, 15/08/2003) - O Brasil acaba de desenvolver a primeira vacina do mundo contra a leishmaniose visceral canina. Transmitida sobretudo por insetos que picam cães infectados, a doença afeta, anualmente, 500 mil pessoas - três mil delas no Brasil - e é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma das seis maiores endemias do planeta.
Estudos comprovam que a imunização de cães pode ajudar a reduzir significativamente o número de casos, e até erradicá-los, uma vez que não existe vacina para humanos.
Chamada de Leishmune, a vacina foi desenvolvida pela equipe da bióloga Clarisa Palatnik de Sousa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), depois de 20 anos de pesquisas. O imunizante já foi licenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e deve começar a ser comercializado no primeiro trimestre de 2004.
Ao protegermos o cão, reduzimos a doença nesses animais - afirmou Clarisa. - Com isso, diminuímos significativamente a doença na população em geral.

Isto ocorre porque os cães são os principais reservatórios do parasita causador da doença, que é transmitido ao homem através da picada de insetos da classe dos flebotomíneos - chamados de mosquito-palha, cangalhinha ou birigui. Ao imunizar os cães, interrompe-se o ciclo da enfermidade. A nova vacina é indicada apenas para cães saudáveis.
A vacina é feita a partir de uma fração purificada do parasita morto e atua impedindo o desenvolvimento da infecção. O produto estimula a ação dos linfócitos que matam as células infectadas pela leishmania e também dos chamados linfócitos protetores - que incitam as células do sistema imunológico.
Pelo menos 80% dos casos de leishmaniose visceral concentram-se na Índia, Sudão e Brasil, nesta ordem. Mas a expansão e urbanização da doença é um fenômeno mundial, percebido em quatro continentes - América, Europa, Ásia e África -, e atribuído sobretudo ao deslocamento de populações.
No Brasil, a maior incidência da doença é verificada na Região Nordeste (92% do total). Apenas no ano passado, 13 pessoas morreram no extremo oeste do estado de São Paulo.
A leishmaniose é uma infecção que afeta o revestimento dos órgãos, sobretudo baço, fígado e medula óssea, provocando o aumento das vísceras. Há tratamento para a doença em humanos, embora não para cachorros. Clarisa informou que tem planos de, no futuro, dar seqüência às pesquisas com o objetivo de criar uma vacina para seres humanos.
Vacina contra Leishmaniose Visceral Canina.



fonte: http://www.robertolunelli.com.br/2010/11/07/leishmaniose-visceral-conheca-e-previna/
fonte: http://miaaudote.blogspot.com/2011/02/anclivepa-brasil-defende-oficialmente-o.html
fonte: http://adestramento-rio-artigos.blogspot.com/2010/08/leishmaniose-o-exterminio-de-caes-no_7309.html
fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/ano10_n02_sit_epidemiol_zoonoses_br.pdf
fonte: http://www.agiliteiros.com/noticias/leish.htm
fonte: http://www.scalibor.com.br/leishmaniose/phlebotomus.asp

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sugestão de Cama para Cães e Gatos!


Adorei essa ideia, para quem sabe usar a máquina de costura é um prato cheio!



Essa é por encomenda, achei maravilhosa. Sonho de consumo *_*